O reconhecimento do trabalho:
O dia em que os nossos ídolos poderiam mostrar pro mundo inteiro que não eram só mais uma banda perdida nesse cenário fraco de rock no Brasil.
Muitas vezes, algumas pessoas já haviam dito que o Gloria era a possível salvação do rock nacional, e na maioria das vezes, algumas pessoas desconfiavam daquela banda com nome fácil, e de sua capacidade.
Eis que então, o trabalho e esforço é reconhecido, e a banda é chamada para tocar no maior festival de rock no mundo, que por destino, ocorreria no Brasil, país onde a banda é a grande esperança.
Depois de longos meses de espera, troca de baterista, músicas novas cuidadosamente divulgadas, o dia chega.
O começo tenso e cheio de vaias:
Pontualmente ás 19h, o Gloria entra no palco e já mostra ao que veio, a música "É tudo meu" que faz parte do novo cd, é bem gritada e tem riffs marcantes. Por preconceito, ou por desconfiança, as vaias surgem.
Vem a segunda música, e se a música do novo CD, que se diz tão pesado nao tinha convencido muita gente, a música do CD mais pop, nao ia mudar em nada a situação, dito e feito, mais vaias.
O clímax do show e a virada de mesa:
Então Mi anuncia o cover, muito bem escolhido, um clássico do Metal, Pantera. O público pula, e canta junto com a banda, Mi até arrisca um "SÓ VOCÊS", talvez tenha sido o momento de mais empolgação do público.
Mi, como maestro e líder da banda anuncia o solo do novo baterista, coisa típica de shows de metal, e quem diria que aquele menino, sem tatuagens, sem alargadores gigantes, ia conquistar o público com a sua velocidade e técnica impressionantes. Eloy fez história, logo ja estava entre os assuntos mais comentador no mundo.
Depois desses dois momentos de empolgação do público, a banda inteira volta ao palco, e comete (na minha opinião) o maior erro, toca música do CD antigo. Tudo bem que "Agora é minha vez" traz muito peso, mas os vocais do Elliot causam ainda mais preconceito.
Mas ali já nao se ouviam mais vaias, se ouviam poucos aplausos, mas poucas ( se não, nenhuma) vaias.
Mandando ver, e fim de show:
E dali pra frente, o Gloria fez o certo, não deu sorte ao azar e mostrou que sabem sim, fazer um show de metal pesado. Sons novos mostrando atitude e evolução dos berros do Mi, e vocais do Elliot (finalmente) usados a favor do som pesado.
O show foi encerrado com o clássico "Asas Fracas", alívio. O Gloria virou a mesa, não tremeu diante de 100 mil pessoas, deu a cara a tapa, e deu a resposta para aqueles que diziam que aquele nao era o dia deles.
Considerações finais:
O Gloria fez um puta show, um show com peso, com solo de bateria, com Sangue ( em dois sentidos), e com, acima de tudo, coragem. Coragem de se meter lá no meio dos grandes, e mostrar que sabe fazer o que seus ídolos os ensinaram muito bem.
Isso só me fez gostar ainda mais dessa banda, que a cada dia tem uma nova conquista. SWU Rock in Rio, foram só resultados desse bom trabalho que vem conquistando muitos fãs e críticas no país inteiro.
por @arthursgrings
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